terça-feira, 4 de agosto de 2009

Entre nós não pode ter Adeus...



....Sinto falta da perdição involuntária que é congelar na sua presença tão insignificante. É a vida se mostrando mais poderosa do que eu e minhas listas de certo e errado. É a natureza me provando ser mais óbvia do que todas as minhas crenças. Eu não mando no que sento por você, eu não aceito, não quero e, ainda assim, sou inundada diariamente por uma vida trezentas vezes maior que a minha. Eu te amo por causa da vida e não por minha causa. E isso é lindo. Você é lindo.
Simplesmente isso. Você, a pessoa que eu vejo passando no corredor e me levando embora, responsável por todas as minhas manhãs divertidas, noites com aconchego, tardes de alegria.


....sinto falta de quando a imensa distância ainda me deixava te ver do outro lado da rua, passando apressado com seus ombros perfeitos. Sinto falta de lembrar que você me via tanto, que preferia fazer que não via nada. Sinta falta da sua tristeza, disfarçada em arrogância, em não dar conta, em não ter nem amor, nem vida, nem saco, nem músculos, nem medo, nem alma suficientes para me reter.

Prometi não tentar entender e apenas sentir, sentir mais uma vez, sentir apenas a falta de lamber suas coxas, a pele lisa, o joelho, a nuca, o umbigo, a virilha, as sujeiras. Sinto falta do mistério que era amar a última pessoa do mundo que eu amaria."

-Só enquanto eu repirar, vou me lembrar de você, só enquanto eu respirar..."

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